MANO FIALHO
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Ator, Poeta, Escritor, Produtor e Observador
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Transformo minhas observações em alegorias literárias.
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Vivo numa sociedade de espetáculos
Cheio de explicações circenses
E atitudes de trapezistas
No cotidiano globo da morte.
Carnívora Digital
Caricaturas fonográficas do passado
Itinerários geográficos caminhados
Filosoficamente digital e analógica
Trafega do silêncio a um blue's chorado
No esfumaçado espelho do seu quarto
Suas mil facetas atuais
Descortina a alma dos forasteiros
Na carnificina monumental dos seus beijos
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Espiral
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Ela é só um ballet de dúvidas
com sorrisos matinais
acompanhada de solidão.
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Pelo Avesso
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Pelo avesso do teu avesso
te leio, te escrevo em segredos
Pelo avesso do meu avesso
me dispo e enlouqueço.
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Varal
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Tô pendurado no varal do tempo
esperando voce passar.
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Boca da noite
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Duas taças de vinho
na boca da noite
só as línguas no salivar das ideias.
Segredos
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Entre um gole e um trago
uma música e outra
o doce da sua boca
tinha a língua como estrada
no vai e vem dos segredos.
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Felicidade cardíaca
Sábio e insano tempo
Na vida que ali vivia
No inevitável salto
Entre o doce e o amargo
No quadrado do quarto
Sua cama de flores
Na solidão da noite
Escarra o verbo seco e salivado
Da felicidade cardíaca de estar vivo.
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